20110831

E a saga continua enquanto a insegurança aumenta...








  Entregamos os arquivos das imagens na polícia civil, infelizmente as imagens são péssimas
porque as câmeras ficam girando o tempo todo e dando zoons estranhos, o que acaba dificultando
alguma investigação. Então coisas como por exemplo quantas pessoas eram, o que levaram, até
a hora exata em que entraram parece impossível, já que as câmeras quase nunca estão direcionadas
para onde queremos ver, só por sorte mesmo...
Outro problema é que das duas câmeras apenas uma, a do Noel, pegou a ação dos caras. Não sabemos 
se é porque não nos deram todos os arquivos ou se é porque a câmera do terminal velho não pegou o momento mesmo.

Vimos ainda na gravação um segurança na Fundação Franklin Cascaes circulando pela frente da fundação e outro "segurança" do outro lado da rua, perto do Noel, o que pareceu estranho já que eles poderiam escutar o som do arrombamento daquela distância.



  Resumindo, a gente só teve acesso a imagens de 23h:00 a mais ou menos 23h:40min, que acreditamos que tenha sido a ação principal dos bandidos. 
Mas ainda deve ter entrado muita gente depois disso, até porque não vimos espelho nenhum na mão dos caras, nem coisas espalhadas pela rua como nos disseram que a rua amanheceu na segunda-feira.

  Na polícia civil os policiais disseram pra gente o seguinte: 

- Se reconhecidos em gravação ou na rua, os caras não podem ser mantidos presos com prisão preventiva, eles
tem que ir a julgamento, ainda mais se o que for encontrado com eles tiver um valor menor que 300,00

- Na opinião dos policiais o fruto do roubo já está todo perdido, pois os caras trocaram tudo por crack no morro

- Segundo um policial, a policia militar realmente não olha as câmeras porque nunca pegam ninguém em flagrante,
e ele mostrou pra gente que o centro tem 64 câmeras espalhadas e várias em torno daquela região, então tá claro que ninguém olha

- Disseram que se encontrarmos algum produto da loja podemos denunciar quem estiver usando ou vendendo e a polícia poderá prender essa pessoa por receptação de mercadoria roubada

  
Um delegado  tentou fazer a gente ter certeza que ação alguma vai dar em nada, o que até já estamos acreditando.
  


20110830

Loja 55 clama por segurança no centro antigo de Florianópolis









A Loja 55 sofreu um arrombamento na madrugada do dia 28 para o dia 29. Os respeitáveis senhores abriram caminho pelo vidro da vitrine, com ajuda de uma garrafa de Heinneken, levando praticamente todos os produtos de todas as marcas, e como é de praxe, deixaram para trás uma imensa bagunça, incrementando a cena trágica que encontramos de manhã.
A lista de produtos, novos e usados, é enorme: roupas, bijouterias, chapéus, bolsas, sapatos, cachecóis, encadernações. Muitas peças de design exclusivo, Miss Guadalupe Studio (bem faceis de reconhecer)

Além dos produtos roubados e do dinheiro que havia ficado no caixa, foram levados também 2 quadros antigos chineses bordados à mão, 2 livros da escritora Fê Luz, um espelho grande (!), uma máquina de escrever bege anos 70, uma lâmpada strobo, a máquina de cartão de crédito Cielo (!), um aparelho de som, um aparelho de telefone amarelo, algumas ferramentas da nossa caixa de ferramentas (!), uma vassoura (!!!), uma tesoura (!), uma tupperware formato de melancia, só deixaram a tampa (!), 5 bolas de sinuca (!!), uma imagem de santa Guadalupe(!!!!!), alguns flyers da loja (!!!!!!)...

(!) itens absurdos
Soubemos de vários arrombamentos e roubos no Centro na mesma madrugada.
Não houve intervenção da polícia nesses crimes, apesar de em todas as ruas em que eles ocorreram existirem câmeras “de segurança” , como é o caso do arrombamento da Loja 55, que deveria ter sido observado pelas duas câmeras instaladas na rua.
Pela cena do crime podemos concluir que os respeitáveis ladrões passaram um bom tempo selecionando o que levariam.

Agradecemos muito a todos que manifestaram apoio e avisamos que, a princípio, a loja estará fechada até sábado, dia 3 de Setembro.


Equipe 55.








20110818

 


Sobre as publicações:

Conjurados
Conjurados é uma exposição no formato de um jornal realizada por todos os participantes da disciplina Curadoria (graduação Artes Visuais) e do Seminário Temático: Relações espaço e obra, circuitos e sistemas (mestrado Artes Visuais) do CEART/UDESC, que aconteceu no período de março a junho de 2011.
A iniciativa da exposição, em si, surgiu do prefácio de Michel Foucault para As palavras e as coisas, que nasceu de um texto de Jorge Luis Borges, que cita uma certa enciclopedia chinesa de uma taxionomia para animais. Da mesma forma, surgiu também no encontro do Livro dos peixes de William Gould  de Richard Flanagan e, que na sequência também incorporou a classificação das baleias em Moby Dick  de Herman Melville. Durante o processo de organização da exposição Conjurados caçamos animais por toda a literatura e encontramos outros seres em Uma preocupação de um pai de familia  de Kafka e na História abreviada da literatura portátil de Enrique Vila-Matas, com os indistintamente alegres, volúveis e loucos shandys. E, novamente, com Jorge Luis Borges com Os Conjurados e O Outro, o Mesmo.

Participam: Ana Clara Joly, Adelino Neto, Andre Rigatti, Andreza Gomes, Bruna Knabem, Denilson Antônio, Flavia Scoz, Gleyce Cruz, Gustavo Tirelli, Henrique Silva, Hevandro Ambrosio, Iam Campigotto, Larissa Bellé, Mabel Fricke, Maíra Dietrich, Maria Simonetti, Mariana Farias, Milka Carvajal, Natalia Vicente, Noara Quintana, Olivia Jaques , Ricardo Mari, Rosana Rocha, Silmar P., Silvia Teske.

Proposição de Regina Melim

sophá-entrevista
Publicação sonora realizada na disciplina Laboratório de Invenção de Textos (graduação em Artes Visuais, CEART-UDESC) entre março e junho de 2011, dando continuidade ao projeto da publicação experimental Sofá, proposto e desenvolvido desde 2003. Sophá-entrevista é o 10o número da publicação Sofá, sendo antecedido por Sofá duplo2 (2006), Sofá caixa (2006), Sofá-instável (2005), Sofá lambe-lambe (2005), Sofá-cotovelo (2005), Sofá inflável (2004), Sofá-cama (2004), Sofá Extra!2 (2003) e Sofá (2003).  O projeto Sofá vem investigando os múltiplos usos da palavra em proposições artísticas, consistindo tanto em publicações impressas, com tiragem de 43 a 1.500 exemplares, construídas coletivamente pelos participantes da disciplina, como, na edição atual, sendo composto por uma parte impressa e outra sonora (disponível para download).
Participam: Ana Carla de Brito (voz), Ana Luiza Albanás Couto, Christiane Dalla Costa, Claudia Lira (voz), Denize Gonçalves, Eloah Melo, Izabela Quint, Rita Eger, Maíra Dietrich (voz), Noara Quintana (voz), Sandra Clara (vozes).
Projeto gráfico (cartão e carimbo): Maíra Dietrich
Coordenação, gravação e edição de áudio: Raquel Stolf
contato: labtexto@gmail.com
obs: traga seu pendrive!

0s dois últimos números da publicação recibo + caderno e.i-1
 

Edições Traplev Orçamentos apresenta o lançamento e distribuição gratuita dos últimos dois números publicados de recibo + a pesquisa realizada sobre a revista Malasartes (1975-76 – RJ), o caderno e.i-1.
Recibo é uma publicação experimental de artes visuais e se define como uma "plataforma curatorial-gráfica", que tem como princípio agenciar projetos e ações relacionadas às práticas artísticas de análise crítica, circulação e dispersão de idéias. Tem como editor geral o artista Traplev e, foi uma das quatro revistas culturais contemplada pelo Programa Cultura e Pensamento – MINC de 2009, com distribuição gratuita nacional e bimestral de 10 mil exemplares cada número, até fevereiro de 2012.


recibo88 – sobre a noção de despesa (número seis, ano oito), editado com a pesquisadora argentina Teresa Riccardi entre setembro e dezembro de 2010, é baseado no livro do escritor francês Georges Bataille chamado A Parte Maldita, precedida sobre a noção de despesa, escrito entre os anos de 1930 e 1940. Reúne a colaboração de diversos artistas e pesquisadores do Brasil, Espanha, México, Chile, Argentina, Venezuela, Suécia e Alemanha.

recibo34⁰ - algo amplo é algo geral (número sete, ano nove), é um projeto editorial de Amilcar Packer e Traplev com
projeto gráfico de Vitor César e parte de uma espécie de mapa (em branco), onde os editores percorreram algumas cidades do sudeste e nordeste do Brasil registrando o processo, encontrando pessoas e paisagens como um quebra-cabeça incompleto. Recibo34 foi produzido entre março e maio de 2011.

Caderno e.i – 1 , A Revista Malasartes e o Circuito de Arte Brasileira dos anos 1970 – análises e desdobramentos (Bolsa de Estímulo a Produção Crítica nas Artes Visuais – Funarte, 2010)é a primeira ação impressa do projeto Permissividades e Vulnerabilidades Práticas do artista Traplev, que compreende em uma análise sobre o contexto da produção da revista Malasartes (1975-76).

caderno e.i – 1 propõe uma reflexão a cerca da produção crítica nas artes visuais e nesse sentido reúne dois textos escritos em tempos distintos, o texto de Ronaldo Brito – Análise do Circuito de 1975, publicado na primeira Malasartes e o texto de Suely Rolnik – Geopolíticas da Cafetinagem de 2002, publicado primeiramente na plataforma 
onlinetransform.net<http://transform.net/> . Tem mil exemplares de distribuição gratuita.